Que a vida seja apenas amor,
Sem vaidade ou empolgação,
Sem crime para não rogar perdão.
Que seja o desejo da minha,
Da sua inocência,
Regados por sensatez,
Onde cada um de nós
Espere por sua vez.
Que a lágrima resvalada junto ao sangue
Adie para sempre em nome da bondade.
Que a terra cobrindo o corpo
Não cubra também a alma,
Nem a felicidade,
Que cada problema seja solucionado
Sem se perder a calma!
Cada olhar deve ser terno o bastante
Irradiando paz
Diante da guerra,
Em um minuto jamais
Que a vida se encerre!
Que o beijo não seja traído
E vontade não se torne gemido
Nos porões de uma ditadura mental
Onde o pensamento exale o mal.
Que cada poesia venha sugestionar
Uma dose de carinho
Na enfermidade da ignorância
Alcançando cada lamentar.
Que o “parir” deixe de existir
Votando “dar a luz”
Vivendo o ir
Despojado da cruz.
As palavras são morosas até a alma
Mas se encontram a consciência
Já não perdem a calma.
Que o sol de amanhã ou depois
Espelhe a criança sorrindo
Ensinando a todos nós
Que viver não é um parágrafo mentindo!